Das memórias de Seth K. C. Chronos
Após a apresentação de todos os membros do Conselho, eu lembrei-me dos outros envolvidos com todos esses problemas, mas que não participavam do Conselho e meus olhos miraram as grossas paredes. Elas, porém pareciam de vidro para mim, pois podia sentir as batidas de coração e as conversas alegres de todos que estavam na sala ao lado. Na sala estavam Luna, Ártemis, Gaia, Edward, Ethan, Haley, Megan e a Senhorita Millie, Tia de Tia Alex, que recentemente apegou-se muito as crianças, e fazia questão de estar com elas.
Eu pensava principalmente em Luna, que ainda tinha no pescoço a marca dos meus dentes. Eu passava as noite inteiras vigiando seu sono, certificando-me que estava bem, e desde o ataque a Durmstrang eu não permitia que nada nem ninguém a mantivesse 20 metros longe de mim. Ela estava maravilhosa e feliz como sempre, mas a noite, às vezes, eu a vi ter pesadelos, e nossa ligação, agora sanguínea também, me permitia saber que ela sonhava com olhos vermelhos na escuridão...Nunca iria perdoar Isaiah, ou Cadarn, e faria de tudo para matar o vampiro ainda vivo. Na minha mente, eu recorria muito as memórias de Isaiah, digladiando-me com sua consciência, apenas pelo prazer de vê-lo uma vez mais rechaçado. Acordei de meus pensamentos quando mamãe chamou meu nome, enquanto ela sorria para Tio Ben, que entrava por uma porta lateral, levitando diversos pergaminhos, sentando-se na mesa também:
- Seja bem vindo, Ben. Benjamin O’Shea é auror e foi convidado a participar do Conselho conosco, pois suas habilidades são excelentes e já provou ter um talento especial para duelos na Ordem. Caleb, Derfel, Cewyn e Seth, por favor expliquem os fatos. – Mamãe falou enquanto Tia Celas se sentava. Os quatro indicados ficaram de pé e Caleb apontou a varinha para o centro da mesa, fazendo surgir uma imagem feita com fios de luz de um enorme anfiteatro.
- Este é o local onde ocorrem as reuniões dos vampiros, onde ocorrem os Conselhos dos Vampiros, o local conhecido como Palco de Sangue. – Eu comecei explicando, acessando as memórias de Isaiah que eu agora possuía. – Todos os Conselhos ocorreram nesse local, porém sua localização nunca é fixa, mudando a cada nova reunião. Algumas de suas localizações anteriores foram Inglaterra, Suécia, Canadá e Japão.
- Os locais sempre são escolhidos de forma que estejam afastados de grandes cidades, para evitar que os humanos, trouxas ou bruxos, tomem conhecimento do Conselho, que é secreto e apenas para os vampiros, porém todos os vampiros devem participar. – Caleb continuou a explicação, gesticulando para a miniatura do Palco. – Imagino que todos saibam, devido a sua formação como aurores e como membros do clã, mas explicarei novamente. Existem três tipos de vampiros: os Vampiros, aqueles vampiros de verdade; Servos, vampiros que devem obedecer as ordens de seus mestres, porém com algum livre-arbítrio; e Escravos, que são completamente controlados por seus mestres, sem consciência própria. Apenas Vampiros e Servos têm direito de participar do Conselho, mas os Escravos são extremamente perigosos, pois sua força é descomunal e seguem instintos animais, sendo praticamente selvagens, a maioria deles são recém-criados.
- Há mais escravos do que membros do Conselho, pois são mais fáceis de se criar e de se controlar. – Cewyn começou a falar, sua voz soando como melodia, fazendo todos prestarem atenção nela. – Eles são usados como soldados de um exército enorme e poderoso, usados como armas de guerra, e apesar de não participarem do Conselho, sempre estão nos arredores, para o caso de seus mestres necessitarem, portanto devemos tomar cuidado com eles.
- O Palco é uma estrutura muito antiga, encontrada por Siegfried quando ele era jovem ainda. Ele não recebe o nome de Palco de Sangue apenas por ser o local de reuniões dos vampiros. – Derfel falou, fazendo o nome soar como uma brincadeira, fazendo todos sorrirem. – Neste anfiteatro ocorreu muito derramamento de sangue e vária tragédias tomaram lugar em suas pedras. O lugar está cheio das almas de todos que morreram nele, e isso é algo preocupante pois Cadarn é um excelente Necromante.
- O Palco, porém é controlado por Siegfried. Ele tem o poder de invoca-lo e faze-lo desaparecer quando desejar, por isso a localização do Palco nunca é definida. – Cewyn completou o marido. – É Siegfried que escolhe o loca de cada reunião, invocando o Palco, que ao ser conjurado, toma proporções enormes, escondendo-se entre as árvores e no solo. Siegfried envia então a localização dele para todos os vampiros, que devem comparecer à reunião.
- Essa convocação é feita de duas maneiras: por contato mental e por carta. Todos os vampiros estão mentalmente conectados uns aos outros, todos ligados pela mesma maldição, ou para alguns, dádiva. – Eu completei, escolhendo a palavra que Cadarn usava para o vampirismo. – Por isso os vampiros são excelente leglimentes e oclumentes, uma vez que necessitam a todo momento manter as mentes fechadas. Apesar que essa ligação diminui com a distância, e apenas Siegfried tem ligação mental com todos. Após o contato mental, é enviada uma carta com o selo negro dos vampiros para cada membro, convocando oficialmente os vampiros para o Conselho. – Eu falei, gesticulando para que todos olhassem a cópia da última convocação recebida por Caleb.
- Ao ser dada a convocação e marcada a data da reunião, cada vampiro tem uma única chance de aparatar dentro do Palco, apenas uma. Depois não se pode aparatar para fora ou para dentro do Palco, e para sair do Palco deve-se sair de seu interior. Esse limite é dado apenas pela localização das arquibancadas do anfiteatro e não é um limite que ultrapasse o Palco. – Caleb explicou, apontando a varinha para a imagem de luz e fazendo uma linha vermelha brilhar na parte superior do palco, indicando a partir de onde podia-se aparatar.
- Siegfried decidiu convocar um novo Conselho, apesar de ser raro ocorrerem conselhos no mesmo século. Ele, porém, está temeroso quanto a esse Conselho, pois tem certeza que Cadarn e Gustav se rebelaram nesta reunião e partirão para o ataque sobre os Chronos e seus aliados. Eu e minha esposa não queremos isso, e queremos ajuda-los, por isso seremos seus aliados. – Derfel explicou, agora sério.
- Siegfried também apóia os Chronos, assim como a maioria dos Anciões. Estamos hoje aqui sem que Cadarn saiba devido aos esforços dos Anciões para manter nosso paradeiro desconhecido, para que Cadarn não suspeite dos planos que temos de ataca-los. – Cewyn explicou, sorrindo levemente. Nós quatro nos sentamos, indicando que havíamos terminado de falar e aguardamos perguntas, sendo Uthred o primeiro a levantar a voz.
- Vocês disseram que Siegfried controla a localização do Palco, certo? Ele poderia posiciona-lo em um local que nos favorecesse?
- Sim, ele poderia fazer isto, e os demais não suspeitariam. – Derfel respondeu, seguindo a linha de raciocínio.
- Mas que lugar seria favorável a vocês? – Cewyn perguntou, também interessada.
- Vampiros são rápidos, ágeis e fortes, e geralmente usam o próprio ambiente como arma, pois já vi vampiros lançarem pedras gigantes contra nós. – Altair falou, parecendo se divertir, fazendo Derfel sorrir abertamente. – Precisaríamos de um lugar onde houvesse poucos recursos para eles usarem.
- Eu recomendaria que o Palco fosse colocado em um local bem aberto, como uma planície, sem árvore, rochedos e qualquer outro obstáculo que dificultaria a movimentação de nossas unidades, e facilitaria o movimento dos vampiros. – Griffon falou, enquanto conjurava um globo terrestre e o fazia rodar. – Países como Austrália, Egito, Estados Unidos e Brasil possuem locais suficientemente planos que facilitariam nossa movimentação.
- Sim, Griff, mas você se esquece que precisamos de alguma cobertura vegetal para nos esconder enquanto nos aproximamos. – Plennair explicou, falando rapidamente.
- Na verdade não, os vampiros têm sentidos mais aguçados, mesmo escondidos com coberturas vegetais, eles seriam capazes de nos detectar. – Sergei falou, complementando Plennair.
- Precisamos achar um modo de neutralizar ou enfraquecer os sentidos dos vampiros, ou um modo de manipular o vento para que ele não leve nossos cheiros aos vampiros. – Tio Ben falou rapidamente, o fluxo de pensamentos rápidos.
- Tenho uma idéia melhor, nós poderíamos produzir poções que anulariam nossos cheiros, nos deixando um pouco menos detectáveis. – Logan falou, os olhos brilhando enquanto via as possibilidades.
- É uma excelente idéia, Logan! Temos como preparar loções para o corpo e poções que ao serem tomadas diminuem o cheiro liberado por nossos corpos. – Tia Celas respondeu, também entusiasmada.
- Minha experiência com vampiros me mostra que eles não se movimentam apenas pelo olfato, e eu tenho boa experiência com vampiros! – Tia Alex brincou, fazendo todos rirem, para continuar a falar. – Os vampiros são caçadores experientes, eles sentem a pressa usando todos os sentidos. Eles são capazes de ouvir a distâncias enormes, ouvir nossas batidas de coração e nosso arfar de cada respiração. Não estou certa?
- Perfeitamente...Posso contar as batidas do coração de cada um de vocês. – Papai falou, concordando com Tia Alex.
- Com licença, eu gostaria de falar algo. – Emily falou, meio tímida e sem jeito.
- Diga, minha filha, não precisa ficar envergonhada. – Mamãe a encorajou com um sorriso amável, e Tia Alex colocou a mão sobre a mão da enteada, sorrindo também. Emily sorriu para elas e pareceu mais confiante.
- Eu acho que a melhor maneira seria um ataque a distância. Derfel, qual a distância que vocês conseguem perceber alguém.
- Estava esperando que alguém fizesse essa pergunta. – Derfel sorriu para Emily. – Vocês estão certos, nós vampiros somos excelente caçadores, porém alguns mais do que outros. Nossos melhores rastreadores conseguem detectar e perceber batidas de coração em um raio de 3km. Siegfried os detecta com um raio de 5 km, Seth detecta com um raio de 2km e Alucard com raio de 3km, enquanto eu, particularmente, consigo detectar com um raio de 2km.
- Ou seja, a melhor forma de ataque é o ataque a distância, pelo menos o primeiro ataque. – Majinos falou, enquanto pensava calmamente.
- Mas como atacaremos a distância e depois iniciaremos um ataque de proximidade? – Arturia perguntou, tentando pensar em algo. Todos ficaram calados por um tempo, até o rosto de Caleb iluminar-se.
- Mirian, corrija-me se estiver errado, mas os Chronos possuem armas de cerco não? – Ele perguntou, falando rapidamente com mamãe.
- Sim, somos um dos poucos que usamos armas de cerco e artilharia. – Mamãe respondeu. O entendimento pareceu espalhar-se por todos na sala.
- E suas artilharias usam projéteis mágicos certo? – Caleb continou.
- Exatamente. – Mamãe respondeu.
- Está é a chave! Artilharia! Os vampiros nunca esperariam um ataque de artilharia, fora o fato de que com a artilharia mágica, poderíamos posicionar as armas de cerco com fáceis 6km de distância, evitando que qualquer um detecte vocês. – Caleb falou, os olhos brilhando.
- Sim é uma boa idéia, mas nós poderemos ferir nossos aliados, não haverá apenas vampiros rebeldes no Palco, e caso os vampiros aliados saiam do Palco, chamará a atenção. – Tio Ben falou, a dúvida em seu rosto enquanto olhava para Derfel, Cewyn e Caleb.
- Não necessariamente, podemos produzir magias que acertem apenas alvos pré-definidos, mirando apenas nos vampiros rebeldes. – Laharl explicou, gesticulando para todos na sala.
- Projéteis de luz seriam extremamente eficientes. E tenho certeza que unindo as habilidades de Mirian e Griffon podemos cria-los com facilidade. – Rin falou, enquanto girava o dedo no ar, os olhos brilhando também.
- Manipular a luz é um processo relativamente fácil, e podemos fazer com que ela não atinja nossos aliados! Os projéteis mágicos são extremamente necessários! – Mellisa falou enquanto sorria.
- Mas como saberemos quais serão nossos aliados de verdade? – Flonne perguntou querendo ter certeza de não machucar vampiros aliados.
- Simples. Seth é um excelente leglimente, assim como eu e Siegfried o somos também. Durante o Conselho, nós dois iremos procurar nas mentes dos vampiros aqueles que são aliados ou não e enviamos essa informação para Seth ou Alucard, para que possam definir os alvos. – Cewyn explicou, indicando com a cabeça a mim e meu pai.
- Pode haver algum problema com os Ministérios? Nós estaremos colocando em ação um grande contingente de aurores, fora a artilharia pesada que utilizaremos. – Logan comentou, pensando nos Ministérios.
- Os Ministérios já deram permissão aos Chronos para tratarem os problemas dos vampiros do jeito que acharem melhor. Eles não interferiram, Logan. – Isaac comentou, me fazendo lembrar dos aurores de Beauxbatons que, agora, estavam sob o comando dele.
- Usaremos a artilharia então! – Papai falou, animado também, enquanto sua águia prateada voava pela janela, indo ordenar a preparação imediata das armas de cerco.
- E como faremos o ataque maciço? Não podemos usar apenas a artilharia, pois assim muitos podem escapar. – Tio Ben comentou, enquanto pensava.
- Vocês conseguem fazer aparatações em massa? – Caleb perguntou. Eu podia ver que sua mente fervia a mil, seguindo fluxos enormes de informações e planos, revelando que ele era um estrategista excelente. Ele continuou falando, quando todos assentiram, tomando o preparo da estratégia para si, enquanto aumentava a escala do mapa, abrangendo uma área maior ao redor do palco. Ele fez surgir diversos pontos e linhas de luz de cores diferentes e os fazia brilhar quando comentava sobre eles:
“Colocaremos as armas de cerco nessa linha ao redor do Palco, distantes 6km do Palco para evitar detecção. Mesmo assim é importante a ingestão de poções e o uso de loções para minimizar o cheiro. As forças de ataque ficarão posicionadas atrás da bateria de artilharia, esperando o momento para o ataque. Pediremos a Siegfried que escolha um local cercado de montanhas, um vale se possível, onde poderíamos posicionar a artilharia em terreno mais alto, facilitando o ataque.
A artilharia enviará um ataque de bombas de luz que servirão apenas para atordoar os vampiros inimigos, pois seus olhos queimaram com a luz, e serão obrigados a proteger os olhos por alguns momentos. A artilharia enviará um novo ataque, dessa vez com projéteis de luz com o objetivo de causar dano, se possível eliminar alguns inimigos logo.
Enquanto isso, a “infantaria” fará o ataque principal, todos aparatando para os limites do Palco e descendo as arquibancadas, com o objetivo de chegar ao centro do Palco, onde farão a resistência e iniciarão o ataque. Quando a infantaria atacar, a artilharia deve continuar enviando bombas de luz para auxiliar ao máximo as tropas terrestre, continuando a atrapalhar os vampiros.
O ataque terrestre deve vir de todas as direções do Palco, o que é fácil devido à forma circular do anfiteatro. O ataque deve ser dividido em duas ondas, para que a segunda cubra a primeira e assim consigam maximizar os danos. Cada um dos Classe 9 liderará uma parte do ataque, formando um imenso cordão de ataque”.
Enquanto Caleb falava, todos faziam anotações pessoais sobre a estratégia, decorando-a e pensando já em como usa-la. A estratégia era perfeita, pois Caleb soubera unir todos os pontos positivos da artilharia ao nosso favor, e usar a forma do Palco como arma também.
- Muito bem, usaremos sua estratégia, Caleb. Só quero adicionar algumas coisas. Altair, você e Plennair liderarão um grupo de aurores antes dos ataques da artilharia, para tentar inutilizar o máximo de escravos que conseguirem. Repito, inutiliza-los, não necessariamente mata-los. Precisamos que vocês os impeçam de se locomoverem e de alertarem os vampiros do Conselho. – Papai falou diretamente para Altair e Plennair que assentiram.
- Faremos isso, poderei usar algumas magias para alteração de terreno e de confusão. – Altair falou, enquanto já conversava com a irmã.
- Rin, precisamos que a artilharia trabalhe em perfeita sincronia e rapidamente, então não podemos deixar que os ataque sejam controlados manualmente. Você é excelente bruxa, e sabe realizar feitiços com perfeição sem usar varinha. Você comandará a artilharia e deverá controlar os disparos. – Mamãe falou enquanto indicava Rin.
- Farei isso com prazer, posso disparar todas as armas de cerco com um único movimento, contando que os projéteis estejam próximos de tais armas.
- Eles estarão. Eu, mamãe, Flonne, Arturia, Feanon e Emily trabalharemos na produção dos projéteis de luz. Emily, Brionac e Lognus podem nos ajudar facilmente. – Griffon falou, sorrindo para Emily.
- Logan, peço que me ajude a preparar as poções e loções, e devemos começar a coletar amostras de pele de todos os que lutarão para que criemos poções mais específicas a cada um. Derfel, Cewyn ou Caleb, poderiam nos fornecer amostras de seu sangue para analisarmos as melhores maneiras de inibirmos o olfato? – Tia Celas perguntou, e os vampiros assentiram para ela.
- Algo importante, não podemos usar toda a força do clã em um único ataque, precisamos deixar proteção para as escolas e nossos familiares. – Eu falei, preocupado com Luna e nossos amigos.
- Você tem razão, Seth. Majinos e Arturia, se importariam de fazer a proteção de nossos aliados? – Mamãe perguntou, virando-se para eles.
- Não, os defenderemos com nossas vidas! – Majinos falou sério, sendo apoiado por Arturia.
- Devemos concentrar a defesa de nossos entes queridos em um único lugar. Eu sei que La Force é o local mais indicado, mas preferia que fosse no Rancho, pois poderíamos usar as defesas que já existem lá. – Tia Alex falou, olhando para papai.
- Também acho melhor, La Force seria a escolha óbvia, e devemos evitar escolhas óbvias. – Papai concordou.
- Tia Alex, eu gostaria de perguntar se Luna, Miyako e Gabriel podem ser alojados no Rancho para que estejam em segurança. – Falei, novamente preocupado.
- Claro, querido, acho que todos que queremos proteger devem ser mantidos em um único local. E o Ty? – Titia perguntou.
- Queríamos pedir sua autorização para que ele fosse conosco no ataque, uma vez que ele já passou no exame de Auror e é um Classe 1 do clã. – Mamãe perguntou, enquanto segurava a mão de Tia Alex. Ela pareceu ficar sem cor pó um instante, mas logo recuperou o olhar determinado.
- Claro que tem minha autorização. Ele é meu filho, é corajoso e ele nunca me perdoaria se eu não deixasse. Só peço que cuidem dele.
- Eu cuidarei pessoalmente, Alex, não se preocupe. – Sergei falou sério, sendo ecoado por papai e Tio Ben.
- Apenas mais uma coisa, Emily, gostaria de pedir que use Brionac para defender o Rancho de Tia Alex também, apesar de achar que seria de grande ajuda no ataque, precisamos de pelo menos uma das lanças para a defesa. – Griffon falou, dirigindo-se a Emily. Ela o olhou ácida, sabendo que ele fazia isso para ter certeza que ela estaria em segurança, mas papai concordo com ele, e Emily aceitou.
- Muito bem, está decidido! Assim que Siegfried convocar o Conselho, nós estaremos preparados! – Mamãe falou enérgica, fazendo todos responderem que sim juntos.
Nós nos levantamos conversando, animados, mas também sérios, sabendo do perigo que esse ataque seria. Mas não havia volta, os Chronos estavam indo à Guerra.