O baile de inverno rolava animado e foi muito legal ver Reno, Gabriel e Gina junto com seus pares sendo o centro das atenções na hora de abrir o baile. Annia que era o par do Reno queria sumir num buraco no chão e Gabriel cavaria o buraco rapidamente e iria junto se tivesse chance rsrs.
John chegou atrasado e depois de se desculpar com Julianne, ele sinalizou que queria conversar comigo em particular. Nos afastamos por alguns minutos e ele me explicou o motivo do atraso e isso me deixou surpreso e depois irritado. Mas eu não iria fazer nada que atrapalhasse a festa, afinal era um baile de um Torneio Tribruxo, quem estragaria isso?
O conhecimento te traz poder... E o poder te ajuda a decidir entre o certo e o errado para a sua vida com responsabilidade...
Lembrava das palavras de tio Lu, durante o treinamento das férias, enquanto dançava com Martina e Kay, logo Griffon e Batrice se juntaram a nós no salão. Griffon era meu parceiro no treinamento para auror e inominável, e conseguíamos nos comunicar através da Legilimência. Ele percebeu que havia algo me preocupando e abri minha mente para que ele lesse os meus pensamentos, enquanto riamos para as garotas sem perder o ritmo:
- O que aconteceu?
- Savie mentiu sobre o bebê!
- HÁ! Sabia que tinha coisa estranha nisso. Tem certeza?
- A poção que tomo para dormir impede que eu engravide alguém. John me contou.
- Criação do Riven?
- Sim.
- Huh! Ele é bom. O que vai fazer?
- Abrir o jogo e ser livre. - e perdemos o contato visual por uns segundos enquanto girávamos as garotas. Quando nos encaramos novamente, ele disse:
- Fico aliviado Ty.- e Griff sorriu.
- Eu também!
No final da dança, as pessoas bateram palmas e Savannah marchou até a pista e me puxou pelo braço, me afastei jogando beijos para Martina e Kay. Como era o final da festa, começamos a voltar para as repúblicas. Ela bufava e eu a olhava friamente.
- O que você achou que fazia lá Ty? Queria me humilhar na frente de todo mundo?
- Como é sensação de se sentir enganado Savie?- perguntei devagar.
- Como?
- Eu sei de tudo. Só quero entender porque você fez isso.
- O que foi que eu fiz?
- Esta gravidez...Porque fez isso comigo?
- Como assim? Nós ficamos juntos e eu acabei ficando grávida.
- Porque você disse que o filho era meu?
- Porque é seu, Ty. Já conversamos sobre isso.
- Este filho não é meu Savannah.
- Claro, que é. Você acha que eu me enganaria com uma coisa destas??
- Não pode ser meu, porque eu tomo precauções extras.
- Você está mentindo para me irritar...
- Não estou. Sem saber eu tomo uma poção contraceptiva. Portanto este filho não é meu.
- Eu juro que ele é seu Ty...- notei o pânico em sua voz, e ali eu tive total certeza de que ela mentia.
- Jura? Então vou te perguntar uma coisa: Você já olhou para as minhas costas?
- Sim, claro. Isso não é importante...
- Eu que decido isso. O que você viu Savie?
- Vi que você tem algumas cicatrizes, você disse que era de umas quedas que teve quando pequeno.
- Nem todas são. Lembra de uma mancha irregular? Parece um mapa.
- Sim, o que isso tem a ver conosco?
- Sabe... Todos os McGregor tem uma mancha daquelas quando nascem, e é igual em todos nós. É a nossa marca de família. O bebê que você espera vai ter a marca também?- ela começou a ficar pálida e disse:
- Não sei o que andaram falando a você, mas o bebê é seu...
- Pare de mentir Savannah. Olha bem para mim e fale a verdade, pelo menos uma vez: este filho é meu?
- Eu te amo Ty. - e ela tentou me abraçar e eu segurei seus braços e a afastei.
- Nunca mais ouse me tocar, se você me vir numa calçada, desvie, não tente se aproximar de mim ou de qualquer um da minha família. Eu estaria no meu direito de fazer um escândalo, mas não vou fazer isso. Vou escrever ao seu pai avisando que nosso noivado acabou.
- Você não pode terminar comigo. Meu pai vai me matar...
- Isso não é problema meu. Só queria entender porque você fez isso.- Porque eu te amo, nós temos que ficar juntos. Meu pai vai me expulsar...
- Procure o pai do seu filho, faça-o assumir a responsabilidade.
- Ty eu te amo, faço o que você quiser, você pode me bater para aplacar sua raiva, mas não me abandone...- disse puxando minha camisa.
- Saia da minha frente e me esquece. - comecei a me virar quando lembrei de uma coisa.
- O anel. - e estiquei a mão, esperando.
- Este anel é meu, você me deu...- disse derramando lágrimas que não me comoviam mais.
- Dei, porque você ia ter o ‘meu’ filho. Tenha um pouco de dignidade e o devolva, como já disse antes: dinheiro não nasce em árvores. - e ela tirou o anel do dedo entregando-o a mim. Coloquei-o no bolso e fui para a Spartacus, ficar com meus amigos.
Durante o caminho eu sentia o cheiro limpo da neve e o achava maravilhoso. Eu estava livre.
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