terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Joy

Lembranças de Seth K. C. Chronos

- Seth Kamui Chronos , Gabriel Storm Lupin, Gina Weasley,Harry Potter, Hermione Granger, Ronald Weasley, Neville Longbotom– Eu a ouvi murmurando para si própria em meio ao cárcere e a escuridão, onde era companheira de Olivander.

Sua mente continuava afiada e ela continuava alegre, mesmo estando presa a tanto tempo. Ela sabia muito bem o que acontecera e ela não culpava ninguém, na verdade ela preferia assim. Caso ele ficasse sabendo, ele invadiria aquele lugar a qualquer custo, colocando a própria vida em risco. Luna sabia que Mirian não permitiria, mas não duvidava que a família de seu melhor amigo estava tentando ajudá-la.

Eu acordei, lembrando uma vez mais da época em que Luna fora seqüestrada pelos Comensais. Já faziam anos que isso acontecera, mas ainda me sentia culpado. Eu sabia dessas coisas por dividirmos nosso sangue e memórias.

Meus pais nada me contaram, pois sabiam que eu iria atrás dela até o inferno se necessário e invadiria a Mansão Malfoy. Eu não os culpava, pois eles estavam preocupados comigo, com medo, pois me conheciam muito bem. Mas eu sentia culpa de mim mesmo, pois nada percebera. Ela era minha melhor amiga, mas quando ela mais precisou eu nada percebi e nada fiz. Isso me corroia, pois enquanto ela estivera presa, eu aproveitava meu primeiro ano na nova escola, com novas descobertas e amigos. É claro, se eu falasse isso para ela, ela com certeza brigaria comigo. Eu sorri ao imaginar isso.

Eu abri meus olhos e a olhei deitada em meu braço, deitada onde havíamos dormido na noite passada, respirando serenamente.

Senti imediatamente uma felicidade como apenas ela pode causar. Ela dormia e sonhava calmamente, com seus cabelos loiros meio amarrotados e uma mexa caindo sobre os olhos. A tirei com carinho e acariciei seu rosto.

Olhei em seu pescoço. A marca já há muito tinha desaparecido, mas eu ainda sabia exatamente onde eu mordi pela primeira vez, para salvar sua vida. Depois ela me dera seu sangue tantas outras vezes para salvar a minha vida. Eu e ela éramos unidos, éramos como um.

Ela se remexeu e se aconchegou em meu braço e eu a puxei para mais perto de mim. Sorri admirando-a.

Ela era especial. Ela era inteligente, carinhosa, alegre, feliz, corajosa, linda, graciosa e amiga. Ela possuía várias marcas de suas muitas batalhas e eu conhecia cada uma dessas marcas, pois conhecia-a e seu corpo melhor do que o meu mesmo. A abracei e toquei uma pequena cicatriz nas costas, marca de quando ela invadira o Ministério. Ela era especial.

- Bom dia, Kam, o que está fazendo? – Ela perguntou, ainda de olhos fechados e sorrindo.

- Admirando você... Ou quer algo mais? – Eu perguntei e ela sorriu, enquanto eu a puxava para perto de mim, abraçando-a com carinho e amor, enquanto nos beijávamos.

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- Desculpa, Mirian! – Luna falou, quando derrubou uma pilha de pratos no chão. Ela logo sacou a varinha para concertá-los, mas sentiu uma tontura e teve que se sentar. Mirian, que estava com Emily e Celas preparando o almoço no domingo, veio logo ajudá-la, preocupada.

- Você está bem, Luna? – Emily perguntou, fazendo um copo com água surgir na mão dela. Celas também parecia preocupada, até curiosa. Eles podiam ouvir Artemis brincando com Luky e Bela no jardim, junto de Griffon, Seth , Lu, Isaac, Xeno e Gaia, além de Haley, Clara e Keiko que tinham vindo visitar Artemis.

- Estou, foi só uma tontura, acho que é o calor. – Ela falou, com um sorriso alegre. Mas Mirian continuou olhando-a preocupada.

- Você tem sentido mais alguma coisa? – Ela logo perguntou, seus anos como curandeira voltando à tona.

- Nada, tenho estado maravilhosa.

- Ontem você não reclamou de enjôo? – Celas perguntou e Emily emendou.

- É verdade, Luna?

- Não, foi algo que comi ontem. Esqueci de colocar as sementes de Giraluar na salada de Aspertios, sem elas a salada fica com um gosto estranho mesmo.

- Tem certeza? – Emily perguntou preocupada, mas Luna sorriu para a cunhada.

- Absoluta! – Ela falou e logo levantou para ajudar com o restante dos preparativos, mas assim que chegou perto de uma travessa de carne crua, saiu correndo para o banheiro. As três foram atrás dela e a ajudaram enquanto vomitava. Assim que ela terminou, Mirian falou séria.

- Luna, vamos ao meu escritório, quero examinar você. – Luna foi obrigada a aceitar, e logo ela estava deitada no sofá do escritório com Mirian medindo seu pulso e com a mão sobre sua cabeça e coração. Emily e Celas trocavam olhares apreensivos, até alegres, enquanto Luna conversava do mesmo jeito que sempre. Depois de alguns minutos de exame, Mirian se deu por satisfeita e sentou-se ao lado de Luna, enquanto Emily e Celas ficavam de pé ansiosas.

- Quando foi a última vez que você mestruou? – Ela perguntou. Luna ficou um pouco sem entender, enquanto pensava um pouco.

- Não sei... Agora que você comentou, já tem um tempo, acho que uns dois meses. – Ela falou, e assim que terminou de falar colocou a mão na barriga, como se entendesse. Seu rosto ficou radiante de felicidade, enquanto o sorriso se espalhava pelos rostos das outras três. – É verdade? – Luna perguntou baixinho, como se tivesse medo de ser mentira.

- Você está grávida, Luna! – Mirian falou, abraçando a nora com carinho, enquanto lágrimas desciam de seus olhos. Luna começou a chorar, enquanto ria ao mesmo tempo, e logo Celas e Emily estavam se jogando em seu pescoço, abraçando-a e dando-lhes os parabéns.

- Um filho... Eu estou tão feliz! – Ela falou entre lágrimas e sorrisos.

- Seth já sabe? – Celas perguntou.

- Se nem ela sabia até agora, você acha que ele sabe? – Emily falou rindo.

- Quando fiquei grávida de Artemis, Seth foi o primeiro a perceber, antes mesmo do que eu. – Mirian comentou.

- Mas tenho certeza que ele não notou! Se não já teria falado! Do jeito que ele é, vai ser um pai muito coruja e um marido-grávido muito psicótico! – Celas falou rindo.

- Ele não vai me deixar fazer mais nada! – Luna falou rindo. – Mirian, você me ajudaria? Quero que seja uma surpresa pra ele, quero que ele não perceba nada até eu contar!

- Eu te ajudo, vai ser nosso segredo! – Ela falou e as quatro deram as mãos sorrindo, voltando a chorar em seguida, enquanto abraçavam Luna e beijavam sua barriga.

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- Ei, tudo bem? – Eu perguntei, da porta que ligava a cozinha ao quintal. Senti algo estranho, como um chamado ou algo assim e quando olhei dentro de casa, todas elas estavam conversando, parecendo mais alegres.

- Tudo ótimo, querido. – Mamãe falou, balançando a varinha no ar e fazendo uma porca de batatas voar para Emily, que as cortou com a varinha.

- Kam, tem como você pegar algumas flores lá em casa? São aquelas flores de Serenium. – Luna falou, me dando um beijo nos lábios.

- Você não usa a essência delas quando está nervosa? – Eu perguntei, levantando uma sobrancelha.

- Sim, mas elas ficam ótimas num chá! – Ela falou, sorrindo. Senti que escondiam algo, mas não sabia o que, então dei de ombros e a beijei antes de sair e poder aparatar. Bela correu para ir comigo e peguei minha sobrinha no colo, com alegria.

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- Vocês estão escondendo algo de mim, não estão? – Eu falei, quando chegamos em casa naquela noite. Luna sorria mais do que o normal e cantarolava baixinho. Eu a abracei por trás e beijei deus cabelos e começamos a dançar juntos.

- Nada não... Ou melhor, talvez sim. – Ela falou simplesmente e sorriu. – Você daria um ótimo pai, sabia? Vi como você gosta de brincar com Bela e Luky, e como eles gostam de você. E ainda lembro de Durmstrang.

- Eu gosto de crianças. – Eu falei simplesmente, mas ficando meio sem jeito.

- E quando vamos ter nossos filhos? – Ela perguntou e eu não soube como responder.

- Não sei, querida, é um pouco perigoso, não acha?

- Não, não acho. – Ela falou e se virou pra mim, me beijando.

- Que isso, quer encomendar um agora? – Eu falei sorrindo, desabotoando sua blusa.

- Não... – Ela falou no meu ouvido. – Já encomendamos. Você vai ser pai, Seth Kamui, eu estou grávida!

Ela falou isso e colocou a minha mão em sua barriga e toquei sua pele de leve. Eu não conseguia acreditar e olhei curioso para ela. Das duas últimas vezes que tiveram mulheres grávidas perto de mim, eu descobri muito antes de todos, como minha mãe.

- Tem certeza? Eu teria notado.

- Não se eu pedisse ajuda a sua mãe, querido. – Ela falou e então senti.

Foi como se eu ouvisse o bater de um coração muito pequeno, mas já muito forte. Eu arregalei os olhos e olhei para Luna. Ela sorriu, mas tinha lágrimas nos olhos. Eu me ajoelhei e coloquei o ouvido em sua barriga e pude sentir que havia vida ali.

Então eu comecei a chorar. Pai! Eu seria pai!

- Parabéns, Kam, você vai ser papai! – Luna falou, com a voz cheia de emoção e lagrimas descendo pelo rosto. Eu levantei e dei uma gargalhada, abraçando-a com força e rodopiando com ela.

- É o dia mais feliz da minha vida!! Eu vou ser pai! E eu amo você, Luna! – Eu gritei, ainda rodopiando com ela, enquanto ela ria, alegre.

Então me lembrei que ela estava grávida e parei de rodopiar na mesma hora, com um sentimento de culpa e a coloquei no chão. Ela riu ainda mais e deu um tapa no meu ombro.

- Sabia que você ia fazer isso! Eu não sou de porcelana, nem comece!

- Mas.. Deixa pra lá! Quero contar pra todos! – Eu falei, beijando-a novamente. Depois saquei a varinha, pronto para enviar meu patrono a todos. Ela porém segurou minha mão e tirou a varinha de mim, beijando-me em seguida.

- Eu também posso fazer outras coisas. – Ela falou, tirando minha camisa. Eu sorri.

- Hum, pensando bem, acho que eles podem esperar mais um dia. – Eu falei e sorrimos, enquanto nos beijávamos.

Aquela noite foi especial. Era nossa primeira noite de amor depois de sabermos que teríamos um filho. E eu estava radiante.
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