domingo, 27 de julho de 2008

férias em família...não tem preço.

Dos rascunhos de Ty McGregor

A semana que passei na casa de tio Lu, apesar de doloridas foram divertidas, pois nas horas de folga podia ficar brincando com Ártemis e pude ver o quanto aquela menina linda e inteligente, estava a cada dia mais parecida comigo rsrs.Depois de passar por uma sessão de cura com tia Mirian, estava pronto para ir encontrar minha mãe e todos os meus primos na casa de minha avó na Escócia. Emily chegou dois dias depois, e por mais tímida que ainda fosse quando estava conosco foi se soltando. Estávamos conversando sobre a festa de formatura de Beauxbatons, e as nossas primas queriam todos os detalhes, pois se formariam nas suas escolas e precisavam de idéias.
- Foi uma tremenda festa. Quero uma igual, ou bem melhor, na minha formatura, professora. - comentei.
- Maravilhosa não? Mas acho que vou deixar a festa deste ano por conta da Defousséz.- respondeu rindo e revirei o olho dramático dizendo não.
- Foram todos os coroas que vocês convidaram? Quer dizer, os que ainda estão vivos...- perguntou Amber.
- Apenas uma senhora não foi...Uma Millicent Von Griffin.
- Millicent Von Griffin? - perguntou Sophia.
- Sim. Nome pomposo não é?- comentou.
- Millicent Von Griffin é a tia Millie.- expliquei:
- Tia Millie? A SUA tia Millie?- ela perguntou pasma.
- A nossa tia Millie, irmã da NOSSA avó. Você precisa se acostumar com isso, Eme.
- Eu sei, mas ainda é difícil sabe? Gostaria de saber porque Mi...Tia Millie não comentou que tinha se formado em Beauxbatons em 60, teria me poupado muito trabalho. Depois pergunto a ela porque não disse nada. Agora me conte como foi na casa do senhor Chronos e o porque destes treinamentos. Griff não falou muito e... - E Sophia disse provocante:
- Griff não é do tipo que fala, ele age. - e Emily ficou vermelha enquanto ríamos:
- Seus bobocas, ele é meu amigo e meu aluno... - depois de rirmos mais um pouco da indignação dela, respondi para desviar do assunto:
- Nos últimos anos, a família havia decidido que todos devíamos ter um bom treinamento em DCAT, mesmo que não fossemos seguir as carreiras de auror. Há uns três anos, papai, mamãe, tio Sergei começaram com o treinamento, e foi bom, pois quando nossas escolas sofreram aqueles ataques, pudemos nos defender. Como ele se foi, eu pedi ao tio Lu que me treinasse já que eu ficaria lá uma semana...
- E quanto a nós, ninguém nos treinou este ano. Nem tio Sergei... - reclamou Declan.
- Mas tio Sergei precisa guardar forças para o bebê, ele não tem cabeça para se ocupar de nós neste momento e nem tia Alex com aquele barrigão. - disse Chloe paciente.
- Precisamos de um auror que nos ajude, não nos trate como criancinhas... - disse Amber e depois de trocarmos olhares encaramos Emily, que sorriu ao perceber nossa intenção e acabou aceitando nos treinar, e uma coisa eu digo: se meus pais eram exigentes, minha irmã os superou. Papai ficaria orgulhoso dela.

Iríamos ter a visita de Annia, e ela seria apresentada como a namorada de John para a familia, e a mãe dele, Elizabeth estava com um péssimo humor e as irmãs dela e minha mãe aproveitavam para zombar e fazer algumas apostas, e eu é claro apostava em Annia.
Esta minha tia em particular sabe como rogar uma boa praga, e não sei se é sorte ou não, algumas acabam pegando. A única que era poupada das pragas rogadas era mamãe, que estava sendo tratada como uma rainha, não só pelo tio Logan, como pelos meus tios. Era engraçado ver meus tios se revezando para botar a mão na barriga dela, e falarem com o bebê como um bando de tontos e lançarem olhares esperançosos para as minhas tias. Claro que elas os olhavam atravessado e eles saíam de fininho, já tio Dylan e meu primo Riven usavam a desculpa de serem curandeiros e deviam ficar de olho na paciente, viviam examinando mamãe, e quando não eram eles, eram os olhares atentos de minha avó para cima dela. A minha irmã já está sendo paparicada desde a barriga rsrs.
Ethan a cada dia que passava estava mais grudado com Brian e Brianna, e até estava aprendendo a usar o kilt dos McGregors, e ensinávamos nossos hábitos. Rimos muito dele, quando ele descobriu chocado que não se usa nada por baixo do kilt, e para que ele não se sentisse tão embaraçado, ignorávamos quando ele usava um short por baixo do saiote xadrez. O mais importante era ele se sentir membro da família.
Hoje era o dia da chegada da Annia e a casa estava agitada, pois John foi até a casa dela buscá-la. Quando John e Annia, sairam das chamas verde esmeralda da lareira, minha tia Elizabeth abraçou rápido John, e minha mãe cutucou tia Alice que deu uma risadinha. Annia, que estava visivelmente nervosa, parecia que estava pronta a entrar nas chamas e voltar para casa. Só não fazia isso porque John não a perdia de vista.
- Muito prazer senhora McKellen, sou Anastácia...- ela disse estendendo a mão, enquanto minha tia a olhava de cima a baixo.
- Anastácia não era o nome...- começou tia Beth, mas Annia disse azeda:
- Já sei! Era o nome da cachorrinha de estimação da avó do Ty, conheço a história. Pode me chamar de Annia.¬¬
Tia Beth ficou encarando-a e respondeu:
- Ia dizer que era o nome de uma princesa russa. Agora que me lembrei do poodle... O que houve com ele mesmo? Ah! Eu a exterminei... Foi um engano é claro.
- Claro. - foi só o que Annia respondeu. - seguramos o riso, pois Annia começou a mudar de cor, tamanho era o seu embaraço, e tia Beth disse:
- John, meu querido, venha abraçar sua mãe direito, estou morta de saudades. - e puxou meu primo com energia para o outro lado. Aproximei-me de Annia e a abracei dando as boas vindas e logo fui seguido pelos meus outros primos:
- Bem vinda ao clã! - eu disse e por cima dos ombros dela vi minha mãe recolhendo os galeões da primeira aposta ganha.
Estas ferias pelo jeito serão lucrativas rsrs.

domingo, 13 de julho de 2008

Minhas malas já estavam arrumadas em cima da cama e limpava a gaiola de Osíris para trancá-la para a viagem quando a porta do quarto abriu. Senti um par de braços me abraçarem com força e ri. Desde que comuniquei aos meus amigos que não voltaria em Setembro, todos têm estado sentimentais. Sentia-me como um doente terminal, que poderia cair morto a qualquer instante.

- Vou sentir sua falta, Gabe – Stuart falou me soltando
- Tem certeza que quer voltar para a França? – Evan pegou minha mala da cama e colocou na porta – Não gostou da Califórnia?
- Claro que gostei daqui, mas prometi a minha melhor amiga que nos formaríamos juntos em Beauxbatons. E também quero ficar mais perto da minha namorada.
- Isso não é justo – Sean sentou na cama e me encarou revoltado – Primeiro o Micah, agora você. O que mais falta? Shannon ir embora também?
- Não se preocupe Ronnie, não vou a lugar alguém – Shannon entrou no quarto e era a única a não soar deprimida – E deixem o Gabriel em paz, ele também deixou os amigos para estudar aqui e ninguém morreu por lá. Não é o fim do mundo!
- Exatamente. Não é porque vou embora que nunca mais vou vê-los. E agora será que podem cortar o drama e me ajudar com as malas? Meu pai já está me esperando lá fora.

Os três se olharam cabisbaixos, mas finalmente se deram por vencidos e entenderam que não era uma despedida para o resto da vida. Shannon riu e pegou a gaiola de Osíris, me abraçando. Sean e Stuart pegaram minhas duas malas e caminhamos juntos para fora da escola. Dei uma última olhada nos corredores com as cores do nosso time e abracei um por um antes de me afastar. Meu pai já me esperava com a chave de portal na mão e olhei uma última vez para os quatro, que gritavam e cantavam o hino da escola. Acenei de longe rindo e toquei a chave, sumindo em seguida.

ººº

- Cuidado, atrás de você! – Nicholas gritou saltando do chão com o controle na mão
- Deixa comigo, eu distraio ele – respondi concentrado – Pega a chave, eu dou cobertura!
- Droga, os zumbis estão se multiplicando! Não vou conseguir, eles são muitos, Gabriel! – Nicholas falou desesperado
- Então se protege, vou soltar uma granada!
- Mas é a nossa última, não podemos desperdiçar!
- Você quer morrer? – gritei em pânico – É a nossa única chance! – Nicholas assentiu engolindo seco e se protegeu atrás de algumas caixas – Pronto, o caminho está limpo. Depressa ou eles voltam!
- Ok, já chega! – a porta do quarto abriu com um estrondo e saltamos assustados. Tio Ben acendeu a luz – Vocês estão aí desde 8 horas da manhã e já são 17 horas! Chega de videogame por hoje!
- Mas ainda não conseguimos a chave dos mundos, pai!
- Acabamos de explodir 50 zumbis, não podemos simplesmente encerrar! – protestei
- Salvem esse jogo ou arranco o fio da parede. Venham logo antes que a pizza esfrie.

Olhamos um para a cara do outro indignados, mas salvamos o jogo e desligamos. Tio Ben não estava blefando e era melhor continuar amanha do que perder todo o trabalho feito ao longo do dia. Tio Scott já estava comendo a pizza no balcão e sentamos ao lado dele. Nicholas e eu estávamos em uma maratona de Resident Evil desde que entrei de férias. Já tínhamos até olheiras, mas íamos zerar o jogo até o fim da semana.

- Vocês planejam passar os dois meses de férias trancados no quarto jogando videogame? – tio Ben perguntou incrédulo
- Claro que não, Gabriel em breve terá muitas fraldas pra trocar – tio Scott provocou e eles riram
- Só por que na época de vocês, há milênios, não existiam essas tecnologias, não quer dizer que sejam ruins – provoquei de volta e Nicholas engasgou com o refrigerante quando riu
- Olha o abuso, moleque. Respeita seu padrinho! – tio Scott fingiu indignação e atirou uma bolinha de guardanapo em mim

Rebati a bolinha demos inicio a uma batalha de papel. Encantei uma para voar com mais força e na hora que ela voava em direção a porta, meu pai entrou. Ele sacudiu a varinha fazendo-a evaporar e olhou assustado para a cozinha soterrada de guardanapo.

- Que bom que com apenas um aceno de varinha os papeis voltam ao normal – comentou rindo desviando das bolinhas no chão – Gabriel, vamos comigo até Londres?
- Claro, quando? – perguntei animado
- Agora.
- Como agora? Pra que? O que aconteceu?
- O filho do Quim nasceu, e vamos visitá-lo.
- Que legal, mas não podemos ir amanha?
- Não, ele nos espera lá hoje. Vamos, já preparei a chave de portal. Vamos dormir por lá, voltamos amanhã.
- Dê os parabéns a ele por mim, Remo! – tio Scott falou enquanto calçava o tênis para ir embora – Diga que essa semana vamos visitar o bebê.
- Pode deixar, dou o recado.

Subi depressa para colocar duas peças de roupa na mochila, me despedir da minha mãe e logo já estava caindo em Londres, no Caldeirão Furado. Papai estava bem misterioso, e caminhava depressa até o St. Mungus. Acompanhava ele perguntando se tinha acontecido alguma coisa, mas ele só dizia que íamos visitar o filho do Quim. Aquela parte já tinha entendido...

- Mi? – me espantei ao ver Miyako na entrada do hospital com o tio Sergei e a abracei – O que está fazendo aqui?
- Fui arrancada da cama para visitar o bebê do Quim, mas ainda não entendi porque não podíamos vir amanha, quando minha cara não estaria tão amassada – ela olhou atravessado para Sergei e ele e meu pai riram
- Vamos entrar, a maternidade é no 5º andar – meu pai abriu a porta e entramos

Subimos com eles conversando empolgados sobre as grávidas prestes a dar a luz e ninguém explicava o porquê da pressa. Quando a porta do elevador se abriu, tio Quim já estava esperando no corredor e deu um abraço empolgado nos dois, sorrindo de uma orelha a outra. Parecia meio pálido também, assustado.

- Você ta meio branco, está tudo bem? Tio Sergei perguntou
- Não, tudo ótimo. É que assisti o parto e sabem, prefiro enfrentar dementadores. Bati a cabeça no chão quando desmaiei, mas já estou melhor.
- Isso é animador... – meu pai comentou preocupado – Mas então, onde está o garoto?
- Venham, por aqui!

Acompanhamos ele até o berçário e ele apontou feliz para um bebê negro enrolado em uma manta azul clara. Na identificação do berço dizia Jamal Shacklebolt. Miyako e eu ficamos hipnotizados olhando para o bebê, imaginando quando seria a vez de vermos nossos irmãos através daquele vidro. Tio Quim apoiou as mãos em nossos ombros e olhamos para ele.

- O que vocês acham do nome? Gostaram?
- Sim, bem original. Jamal, yeah! – Miyako brincou
- Sim, é um nome forte. Se ficar do seu tamanho, vai impor respeito... – ri
- Ótimo. E o que acham de batizarem ele? Gostariam?
- Como é? – perguntei surpreso olhando para Miyako, que também tinha os olhos arregalados
- Quero que sejam os padrinhos dele. O que me dizem? Aceitam?
- MAS É CLARO QUE SIM! – Mi gritou empolgada e concordei com a cabeça, sorrindo
- Vocês sabiam disso? – perguntei virando para o meu pai e ele riu, confirmando
- Vai ser uma honra, tio – olhei para ele pelo vidro outra vez e ele abriu os olhos, se mexendo. Todos colaram o rosto no vidro para ver – Não se preocupe, vamos deseducar ele do jeito que deve ser feito...

Miyako fez sinal de positivo e eles riram. Era o primeiro bebê da extensa lista que ainda estava por vir, e era nosso primeiro afilhado. Não víamos a hora de poder ensinar tudo que não prestasse a ele...
Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos.

Dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia.
Das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim, do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai pra seu lado, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar quem sabe nos e-mails trocados.

Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens.
Aí os dias vão passar, meses... Anos...
Até este contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo.

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Foram meus amigos. Foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida...

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N.A.: Blog 'Os Renegados' oficialmente inaugurado! Bem vindos à nova casa... =)
 

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