terça-feira, 24 de novembro de 2009

Agosto de 2003

Após a nossa formatura cada um de nós foi seguir o seu caminho, mas estávamos sempre em contato. Meu começo no Abutres de Vratsa foi dificil, porque não seria fácil substituir o antigo dono da posição, Fisher, mas eu redobrei meu treinamento e logo Karkaroff e eu nos tornamos a dupla de batedores, com o maior numero de acertos nos campeonatos, e com isso recebemos muitos elogios de revistas de esportes e até ganhamos alguns prêmios das Associações de Quadribol.
Na carreira tudo ia bem, mas na vida pessoal, não.
Eu e Jolie ficamos algum tempo juntos após a formatura, e mesmo com a agenda de shows dela e os jogos do meu time, nos encontravamos pelo menos uma vez por semana. Isso se não houvesse alguma missão do clã Chronos, e embora ela não gostasse disso, aceitava, pois esta era a minha vida.
Nos davamos bem na maioria do tempo, mas algumas vezes brigávamos por coisas bobas como ciúmes das coisas que líamos sobre nossos ‘romances’ nos jornais, terminávamos tudo e seguiamos caminhos separados. Porém quando nos reencontrávamos era dificil continuar com raiva um do outro.
Eu estava em Paris com o time e acabamos indo a um show com várias bandas e a de Jolie estava lá. Sua banda era o que os trouxas chamava de 'rock gótico', porque os caras usavam muito preto e ela usava vestidos longos com saias bufantes, parecia uma princesa, coisas que combinavam com as musicas que às vezes falavam de morte, traição, amores impossiveis e estavam fazendo sucesso. Após a apresentação, fui ao camarim e quando o segurança me deixou passar e nos encontramos cara a cara, sorri e ela já foi dizendo defensiva:
- Ty eu não quero sair com você novamente.
- Isso funciona?- perguntei
- O que?
- Esta voz esnobe. Todos os caras com quem você sai, aceitam um não assim tão calmamente?
- Eu não saio com todos os caras... Ao contrário de você que sai com todas as garotas com mais de 13 anos, pelo menos é o que a Rita Skeeter disse...
- Aquela Skeeter é uma vaca, e meu advogado a fez se desculpar na primeira página. Aquela menina é a sobrinha do meu técnico, eu estava fazendo um favor a ele indo ao baile da escola dela. Não mude de assunto.Com quem você tem saido então?
- Não interessa, deixa de ser intrometido.
- Uh, você está ficando irritada...- a vi morder os lábios e disse sério:
- Sabe, Jolie, você sempre teve uma boca incrível.
- Obrigada, ela é importante para cantar. Pode ir embora agora?
- Não estou falando sobre cantar, mas sobre sua boca. E não, eu não vou embora. – aproximei-me dela e ela não recuou. Ergui a mão e passei o polegar lentamente sobre sua boca e percebi que ela segurava o fôlego.
- Sorriso grande, ótima curva e umidade, lábios cheios... Estou cansado destas brigas, sinto muito a sua falta, Jolie... - e fui me aproximando mais dela, e ela disse baixo:
- Ty por favor...
- Por favor ‘pare’ ou ‘vá em frente’?- e parei a centímetros dela, nossas respirações se encontrando...
Como ela continuasse quieta, eu comecei a recuar, mas ela suspirou e me puxou pela camisa, colando sua boca na minha. Quando terminamos o beijo, dei-lhe mais um beijo curto e ergui seu queixo e a olhei nos olhos:
- Sei que tenho um temperamento dificil, sou um pouco teimoso,mas sou bonitão...Um bom partido...
- Bonitão e bom partido? Modéstia não é o seu forte...- ela zombou e eu disse:
- Você também não é uma pessoa fácil de se conviver.- ela estreitou os olhos e eu continuei:
- Muitas vezes brigamos por besteiras e ficar longe de você, é horrivel. Mas quando estamos juntos tudo que é ruim fica para trás, posso ver pelo seu olhar que você também sente a minha falta, pois eu sei que eu te faço feliz.
- Uau, que arrogância, Tyrone...Mas eu gosto de pessoas auto confiantes. - e ela me abraçou mais forte, e me beijou novamente e disse:
- Está bem, podemos tentar novamente...
- Não, eu não quero tentar novamente.- eu a cortei e ela me olhou séria.
- Você está terminando de vez? - perguntou erguendo o queixo, e procurou se afastar de mim, mas eu a segurei mais forte.
- Não, eu não quero terminar. Eu quero que a gente viva na mesma casa, acorde juntos e quero ter filhos com você. Não posso garantir que não vamos brigar, mas se brigarmos, será como marido e mulher, e não quero mais ter que entrar escondido no seu quarto quando estivermos visitando a minha familia...(rimos porque lembramos do casamento da Annia e John, dois anos antes, e minha avó quase nos flagrou) - Então casa comigo?
- Bom, não é o pedido dos sonhos de uma garota, mas serve...- ela começou a dizer brincalhona, mas ficou muda quando me viu ajoelhar em frente a ela e tirar um anel do bolso:
- Jolie Milosevich, este é o anel que meu pai deu à minha mãe quando se casaram e você sabe o quanto eles foram felizes. Quando ela se casou novamente, ela me deu o anel para eu o desse à mulher que eu amasse e que quisesse construir um futuro junto comigo. Eu ficaria muito honrado se você o usasse como minha esposa. Você aceita?- e vi que os olhos dela se encheram de lágrimas e ela respondeu enquanto eu colocava o anel em seu dedo:
- Sim, Ty eu aceito ser a sua esposa.

Pensei que o dia de nosso casamento fosse o dia mais feliz de minha vida, mas estava enganado. O dia mais feliz foi quando pouco mais de um ano depois, numa manhã clara de Setembro de 2004, nasceu nossa filha Olivia. Eu sentia que aquele sentimento de felicidade iria durar para sempre, pois estavamos juntos e nada poderia nos separar.

I still hear your voice, when you sleep next to me.
I still feel your touch in my dream.
Forgive me my weakness, but I don't know why.
Without you it's hard to survive.


Cause everytime we touch, I get this feeling.
And everytime we kiss I swear I can fly.
Can't you feel my heart beat fast, I want this
to last.
Need you by my side.
Cause everytime we touch, I feel this static.
And everytime we kiss, I reach for the sky.
Can't you hear my heart beat slow
I can't let you go.
Want you in my life.


N.Autora: Every Time We Touch, Cascada.
 

Os Renegados © 2008. Design By: SkinCorner